sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Meu querido miau

Como eu adoro esses teus enormes bigodes brancos e esse teu ar de quem tem sempre um sorriso estampado no fucinho. E como eu ainda hoje recordo todos os bons momentos que passámos juntos, meu fiel companheiro de dias intensos de estudo, de noites de insónia e de momentos de enfermidade. Mesmo só com esse teu doce olhar conseguiste secar-me tantas lágrimas, arrancar-me sorrisos e gargalhadas sinceras. Se pudesses expressar verbalmente o que cada um dos teus "miaus" significa, tenho a certeza que não o conseguirias fazer melhor do que já o fazes. O teu "ronronar" diz mais que muitas palavras frias de um qualquer ser humano que comigo se cruze na rua e a tua inteligência surpreende-me a cada dia. Tu e as tuas peripécias de gato, com maior astúcia que muitas pessoas e com uma ternura que me faz ter-te como membro da minha família. Amor por animais é possível e é sincero e é o que sinto por ti, meu felino.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Carruagens

Por vezes há uma forte necessidade de trazer uma nova energia ao dia-a-dia, é preciso viver intensamente novas emoções. Como uma carruagem de um qualquer comboio de alta velocidade a vida passa e é preciso saber vivê-la em pleno. Neste momento sinto que a minha carruagem é um mero urbano que passa devagar e não traz nada verdadeiramente surpreendente a cada estação. É necessário efectuar menos paragens e ter menos tempos mortos durante o percurso para que seja maior a surpresa a cada uma delas. E eu juro que preciso de anular os tempos mortos da minha viagem, mais que nunca, são em demasia.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Peço desculpa por ser feliz..

Quase dois meses de renovação pessoal, quase dois meses de sorrisos e realizações. Parece tão pouco tempo, eu sei, mas foi o suficiente para uma volta de 360 graus. A sensação de frustração? Desapareceu, acompanhada pelos primeiros salpicos da salgada água do oceano.
Uma nova paixão, uma vocação que me está no sangue e que eu julgava não existir está agora a dar as suas primeiras manifestações. A culpa é tua... Ao fim de todos estes anos, finalmente, falamos a mesma língua. É hilariante ver a expressão deles a tentarem perceber as nossas conversas de sexta à noite. E não vou desistir daquilo que te prometi numa delas, nem que seja daqui a décadas, eu vou conseguir. Sabe tão bem descobrir mais sobre este mundo que agora tanto me completa.
Nestes meses consegui crescer como nunca antes tinha conseguido, a minha independência é agora o meu ponto de equilibrio. A minha liberdade é o que de mais precioso tenho e quem tenta sufocar-me com palavras, atitudes e excessos com o objectivo de me ter sempre presente nem que seja para falar comigo a toda a hora por sms, vai conseguir precisamente o oposto. Eu preciso do meu espaço, dos meus momentos comigo, dos meus momentos contigo e dos meus momentos com vocês, de uma maneira real. Infelizmente muita gente ainda vive num mundo demasiado virtual, sempre rodeado de sorrisos (verdadeiros?), de Amo-te's (sentidos?), de palavras (sinceras?) e de pouco contacto olhos nos olhos.
E peço desculpa por ser feliz, mas se o sou é porque fiz por isso. E se a minha felicidade incomodar alguém, procurem a felicidade também, é o melhor a fazer.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Mais uma página

- Foi bom sentir o calor dos teus lábios e o teu corpo no meu.
- Para mim também foi especial sabes?
- Foi mesmo?
- Muito, é bom voltar a ver-te sorrir assim.
- Tonta. Contigo tudo se torna perfeito.
- Ficas comigo sempre?
- É o que mais quero.


Envolvem-se num profundo silêncio e num terno abraço. Selam aquele desejo com um carinhoso beijo. Aí permanecem durante largos minutos como se o tempo tivesse parado. Eternizaram aquele momento na sua memória e em mais uma página da sua história.

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Qual foi a ideia?

Pergunto-me qual foi a ideia das inteligências chamadas "arquitectas paisagísticas" da minha santa cidadezinha. Arrancarem dezenas de árvores saudáveis e com uma beleza espantosa para dar lugar a montes de terra, um lamaçal absolutamente nojento e restos de raízes espalhados nos passeios? Explicam-me, por favor, qual é a lógica disto? Por mais que me esforce, não consigo perceber. Se a ideia é plantarem novas árvores, desculpem que vos diga, escolheram as erradas para abater. Há tantos lugares que mereciam um pouco de vegetação em vez de mais blocos de cimento ou de absurdas estátuas que mais parecem espermatozóides a caminho do céu. Em contrapartida, se o objectivo era destruir, acertaram. A paisagem que me acompanha desde os tempos de menina da escola primária e que eu via, diariamente, com um sorriso enquanto caminhava apressada para as aulas durante 12 anos da minha vida, traz-me agora, cada vez que a observo, uma sensação de desgosto e uma profunda revolta. A beleza Outonal daquele pequeno jardim era fantástica. E na Primavera? As flores arroxeadas que decoravam esse ambiente. Tudo isso são agora meras recordações, visto que não vou viver tempo suficiente para que as novas e, obviamente, minúsculas árvores, ainda por plantar (e pelos vistos essa plantação ainda vai demorar), cheguem ao tamanho majestoso das antigas e tenham suficiente beleza para devolver àquele lugar o verdadeiro esplendor, em toda a sua plenitude.

A falta de profissionalismo e de humanidade das pessoas, actualmente, é assustadora.
Tenho dito.

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Amizades

Foi bom reviver alguns dos muitos momentos que me fazem sempre sentir viva e completa. Foi fantástico voltar a rir compulsivamente convosco e sentir que a verdadeira amizade que nos tem vindo a unir nos últimos anos continua com a sua chama acesa e, como sempre, extremamente intensa. Foram anos seguidos a conviver diariamente com vocês e, talvez só agora, me tenha verdadeiramente apercebido do quanto os vossos sorrisos e as vossas palavras me dão sempre uma nova força. Talvez seja pela escassez do número de momentos que agora passamos juntos que eu tenha, finalmente, aprendido que mais que amigos vocês são como uma segunda família, um porto de abrigo nos bons e maus momentos, com quem até o mais simples gesto se torna perfeito. Quanto mais tempo passa, maior certeza tenho de que posso orgulhar-me de dizer que amizades como as vossas são absolutamente eternas. Amizades de treze, oito, quatro ou mesmo de apenas dois anos que me vão marcar durante toda a minha vida. Eu amo-vos ♥.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Somos mulheres bem resolvidas!!


Agradeço à « parafina falsificada » pelo prémio :D *


Regras:

1- Exibir a imagem do selo.
2- Postar o link do blog de quem recebi o selo.
3- Escolher 10 mulheres bem resolvidas e distribuir o selo.


As dez mulheres bem resolvidas, posso dizer que são:

1. S Amandio
2. baby piggy
3. Opheliac

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Lá estavas tu

Saio de casa apressada com um saco para a reciclagem numa mão e os volumosos livros na outra. Largo a porta do prédio e ouço-a bater atrás de mim, pouco me importa. Sinto umas gotas de chuva no rosto e penso no quanto estava bem na cama. Separo as garrafas de sumos e as embalagens de bolachas que comi ontem, enquanto passava os olhos pelos rabiscos que fiz numa qualquer aula do semestre. Caminho em direcção ao primeiro autocarro do dia e recordo com um sorriso o sonho desta noite. Mais uma vez, lá estavas tu, lá estava a tua alegria contagiante e o teu terno abraço que me aconchegava e me dava uma nova força. Tu sabes que nunca deixaste de ser parte de mim e que eu nunca deixei de ser a tua menina, nem nunca vou deixar de ser. Ainda continuo a ser a mesma pessoa frágil que era há pouco mais de um ano atrás, continuo a precisar de atenção a cada dia. É bom rever-te nos meus sonhos, é como se realmente estivesses comigo. Sim, eu sei que estás e só espero conseguir triunfar e vir ser o teu orgulho. Como eu te amo.

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Faz-me bem reviver.

Acordo a meio da noite e as insónias apoderam-se do meu ser. Sem conseguir voltar a dormir, decido procurar memórias de momentos passados. Abro a caixinha das recordações onde guardo os recortes e as cartas; onde também comecei a juntar as fotografias antigas, aquelas que ainda não tive paciência para colocar no álbum. Não sei se por falta de tempo, se por medo que uma lágrima me corresse no rosto enquanto ajeitava cada uma delas no seu lugar. No meio das muitas páginas soltas, encontrei o meu sorriso, rodeado pelos vossos. É díficil perceber que o tempo passou tão depressa e que tanta coisa mudou. É díficil aceitar que muitas pessoas entram na nossa vida e de repente, por algum motivo, tantas vezes absurdo, voltam a sair, mas deixam sempre as suas marcas preciosas. Essas marcas estão na caixinha também. Dezoito anos parecem tão poucos, ainda há toda uma vida pela frente. Mas os primeiros dezoito anos, são com certeza a base fundamental para conseguir encarar essa vida com a cabeça erguida, são os anos em que nos ensinam a ser verdadeiramente humanos. E sim, as recordações são muito importante para relembrar os momentos de aprendizagem, de felicidade e de completamento pessoal pelos quais cada um passa. São esses momentos que, a cada dia, dão uma nova força para seguir em frente sem medos. Mesmo que pensem o contrário, a vida nem sempre é um mar de rosas é verdade, mas cada segundo deve ser sentido como se o fosse e nada deve ser desperdiçado, porque cada um traz consigo uma nova lição. Desta vez vou deixar a caixinha das recordações meia aberta, para que reveja o seu conteúdo com mais frequência. Faz-me bem reviver.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Sim, precisas de ajuda.

- O que se passa? - Diz chegando ao pé da amiga que se encontrava sentada à mesa como uma sombra humana.
- Sinto-me fraca, dói-me a cabeça, o corpo... Preciso de dormir.
- Dormir? Tens noção do que tens andado a fazer a ti própria?
- Eu?!
- Sim, estás cada vez mais magra. Não te alimentas.
- Magra? Eu estou gordíssima, preciso de perder uns quantos quilos.
- O quê?! Mais ainda?
- Mais? Ainda nao emagreci nada, pareço um pote.
- Desde que começaste essa estúpida dieta que ainda não paraste de emagrecer. O teu corpo transformou-se num esqueleto, o teu sorriso apagou-se e tu, pura e simplesmente, já não és a mesma pessoa. Tornaste-te fria, triste. E sim, estás fraca, mas não é apenas cansaço físico, tu estás doente. Tens problemas graves, a doença está a consumir a amiga que eu conheci. A pessoa que tanto gosto é hoje uma sombra daquilo que alguma vez foi. Porquê? Explica-me porque é que decidiste destruir-te desta maneira.
- Desculpa?! Eu apenas estou gorda, vês algum mal em querer ficar elegante?
- Elegante? A tua elegância desapareceu, juntamente com as tuas formas femininas, que tanto atraíam os homens.
- Atraíam? Eles olhavam-me de lado, lançavam risinhos falsos e aposto que pensavam no quanto estou gorda.
- Tu mereces um balde de água fria em cima para ver se acordas para a vida. Abre os olhos! Abre os olhos enquanto é tempo. Tu precisas de ajuda de um profissional. Ainda vais a tempo. Vamos ao médico, eu vou contigo. - Estende-lhe a mão.
- Nem penses, deixa-me.
- Não deixo, nem te passe pela cabeça que vou abandonar uma amiga neste momento. Tu tens que renascer, eu vou fazer tudo para que isso aconteça. - Abre a porta. - Vamos, sai...
Juntas dirigem-se para o hospital, apesar de ainda não reconhecer que está doente e precisa de ajuda, não argumentou mais e aceitou ir. Estava demasiado fraca para poder continuar a resistir, as lágrimas corriam-lhe pelo rosto e as olheiras, como que em apelo por uma salvação, tornam-se a cada dia mais evidentes na sua face pálida.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Fica (...) Comigo.

« Fica, enquanto não fores, será sempre tempo de partires, Porque queres tu que eu fique, Porque é preciso, Não é razão que me convença, Se não quiseres ficar, vai-te embora, não te posso obrigar, Não tenho forças que me levem daqui, deitaste-me um encanto, Não deitei tal, não disse uma palavra, não te toquei, Olhaste-me por dentro, Juro que nunca te olharei por dentro, Juras que não o farás e já o fizeste, Não sabes de que estás a falar, não te olhei por dentro, Se eu ficar, onde durmo, Comigo. »

~ In Capítulo 5, Memorial do Convento, José Saramago
*
Foi uma tortura ler este livro. É uma leitura pesada e de difícil compreensão, mas este paragráfo marcou-me, sinto e vivo cada palavra. Transcrevi-o da mesma maneira que está no livro, utilizando a pontuação tal como o autor a utiliza, é isso que o torna tão complexo e por isso tão irritante :'x

sábado, 17 de janeiro de 2009

Sol

O Sol, intenso e mágico, observa por entre nuvens, por entre ramos e árvores todo e cada ser, sem que se deixe ser observado. Abrasador e incandescente, é capaz de despertar imensas sensações. Sem ser um animal ou uma planta, sem mesmo ser possível tocá-lo, nasce e, assim, purifica a natureza com a sua beleza que parece incessante e quando se esconde atrás da tão distante e desejada linha do horizonte deixa a ânsia por mais um instante, juntamente com um tom alaranjado que invade os céus, reflecte nas águas dos rios e mares e tranquiliza corações.
As saudades que tenho de uma bonita tarde de sol em pleno Verão...

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Fotografia

Passou de uma representação do real, mais detalhada e precisa que a pintura, a uma necessidade quase fundamental dos nossos dias. Não só pelo seu uso social, mas como forma de gravar os melhores momentos para mais tarde recordar. Desde as tão antigas e raras, a preto e branco, passando pelas analógicas a cores, já mais próximas de nós, até à era digital, a fotografia sofreu uma mudança radical e tem agora um impacto extraordinário. Mais que a respresentação precisa do real que nos rodeia, eu considero-a uma forma de expressão, uma arte que cada um vive de maneira única.
A fotografia é uma verdadeira paixão.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Sabes bem :')

Contigo percebi que amar não é apenas gostar de alguém. É muito mais que isso, muito mais que um simples ‘Amo-te’ ou que um beijo carinhoso. É um novo sorriso todos os dias, é ter sempre a palavra certa, no momento certo, mesmo que essa palavra seja dita no silêncio de uma troca de olhares, é uma partilha contínua dos bons e maus momentos da vida, de segredos, palavras, gestos... A cumplicidade é suprema e faz os nossos corações baterem em uníssono, numa melódica entoação que só para nós tem valor. Caminhamos lado a lado, num apoio mútuo que dá outro sentido ao que chamamos amor e que o torna ainda mais puro e especial. Sempre que te sentires sem forças eu dou-te a minha mão e não te deixarei desistir, porque entre nós tudo é possível, mesmo que não passe de um sonho que completa a realidade. Como eu amo recordar o teu sorriso ao adormecer e acordar com o teu cheiro ainda presente em mim, sentir-me como se ainda me abraçasses, como se os teus lábios ainda tocassem os meus.
Para além de um namorado és a minha verdadeira alma, que me dá força quando tudo à minha volta tenta tirar-ma, que me guia para que siga sempre o melhor caminho. É a tua mão que me segura quando caio e me limpa as lágrimas quando elas insistem em sair. É contigo que partilho tudinho, que desabafo e é a ti que dedico o meu carinho e verdadeiro amor.
( Juntei partes de vários textos que tinha escrito para fazer outro... Tudo continua a ser dito com a maior sinceridade, Sabes bem $: )

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Porquê?

Podes explicar-me porque te divertes a criticar as pessoas, quando muitas delas nem conheces? E a dizer que são isto e aquilo e não merecem nada se nem sequer és capaz de as superar? É deprimente ver-te a fazer isso. Não tens outra maneira de demonstrar que também podes ter valor sem pisares aqueles que estão à tua volta sem dó nem piedade? Sim, eu sei que são demasiadas perguntas às quais (provavelmente) não vais conseguir responder tão cedo. E também sei que vai ser complicado perceberes os erros que cometes ao agir desta maneira cruel e infantil. Já tens idade para crescer, sabes? Já tens idade para mostrares a toda a gente o quanto consegues ser uma pessoa maravilhosa... Mas, para isso tens que conseguir respeitar os outros, não podes manchar-lhes a dignidade como tens feito até aqui... Só assim podes conseguir pelo menos um segundo da atenção das pessoas a quem queres mostrar que o és (ou pretendes ser) e só assim consegues que te respeitem minimamente, olhem para ti de um modo diferente e digam com todo o orgulho: «És verdadeiramente especial»